Acerte em Paulo Afonso - Serra do Umbuzeiro, povoado Riacho

16 de maio de 2014

 

 

Ainda dando continuidade á série Acerte em Paulo Afonso, hoje será mostrado um dos lugares mais belos da cidade que está situado no povoado Riacho na cidade de Paulo Afonso/BA.

 

É a Serra do Umbuzeiro.

 

A serra pode ser avistada do centro de Paulo Afonso e seu formato possui uma imagem semelhante a um vulcão. Desde as visões mais distantes já tem uma particularidade infinitamente bonita que é o seu formato. Para chegar lá, é necessário percorrer uns 20km do centro da cidade de Paulo Afonso, indo pela BR 110 até o povoado Riacho. Esse povoado tem em torno de 1500 habitantes, lugar onde nasceu a cangaceira Maria Bonita e cenário de alguns ataques do bando de lampião por essas bandas de cá.

 

Foto: kalango do Sertão

 

Chegando ao povoado, a vista para a serra já muda um pouco de formato, se mostrando uma inclinação com um formato triangular. Para chegar lá é necessário que esteja acompanhado de um guia para que ele possa dar informações do local, conduzir o visitante com segurança e orientar sobre a preservação do meio ambiente.

 

Foto: Ana Paula Araujo

 

No “pé” da serra tem um espaço onde, normalmente as orientações são dadas e as pessoas precisam ficar atentas a todos os detalhes. Para fazer essa trilha, é necessário que esteja com calçado adequado (tênis, preferencialmente com antiderrapante), levar bastante água para hidratar no decorrer da trilha, algum lanche para fazer durante as paradas para descanso e, claro, máquina fotográfica para registrar toda a beleza do local.

 

 

 

Essa trilha tem uma complexidade média. Apesar de a subida não ser tão íngreme, alguns lugares tem pedras soltas, subidas bruscas e existe possibilidade de escorregar. Então é necessário ficar atento e seguir TODAS AS RECOMENDAÇÕES do guia.

 

O início da caminhada acontece por uma trilha fechada e com algumas subidas cansativas até chegar no primeiro ponto de parada que é um belíssimo mirante que permite fotografar o povoado Riacho. Há uma particularidade no chão que se pisa pois, com a ação do vento e chuva, esculpiu as pedras de arenito formando um desenho fantástico que merece ser fotografado também. Além de um registro do visitante tendo o tomo da serra como o cenário ao fundo.

 

 

Toda a serra é formada de paredões de arenito que, de acordo com a criatividade de quem visita, é possível verificar vários formatos: cachorro, tartaruga, soldado, sapo, a torre do tabuleiro de xadrez entre outros. Uma das primeiras formações “oficiais” é a Cadeira do Rei. Uma formação que tinha o formato de uma poltrona e possibilitava também, no braço da “cadeira” fazer uma foto com a rocha sendo a moldura. Infelizmente, a ação de vândalos prejudicou esse atrativo que foi quebrado. Mas a cadeira ainda está lá, mesmo sem o “braço”. Está aí a importância da visita guiada, pois o guia tem a preocupação de manter o local intacto.

 

 

A partir daí, as pessoas são conduzidas a visitar as pinturas Rupestres. A paisagem dessa parte da trilha é particularmente fantástica. Com rochas e vegetação que se confundem e enriquecem o cenário. Ao chegar nas pinturas, é possível avistar um belo paredão com a arte rupestre que foi esculpida há mais de 9 mil anos e que merece uma atenção especial.

 

 

Depois disso tem que se esforçar um pouco mais e gastar mais energia. Tem uma subida que pode ser considerada cansativa. E ela vai até uma pequena fenda aberta pelo vento que é basicamente a “sala de lanche” dos trilheiros. Pois aí é uma parada obrigatória para descanso e lanche.

 

 

 

E para chegar ao topo da serra por esse caminho é necessário passar pelo “buraco da agulha”. Um lugar que “só passa quem não tem pecados”. Uma fenda que possibilita às pessoas o acesso a uma das mais belas paisagens existentes na cidade. É chegado o Labirinto de Pedras. Um lugar cheio de formações belíssimas que as pessoas podem, com cuidado, subir e desfrutar daquela paisagem particular. Alguns também acampam na serra e/ou fazem a trilha no período noturno. O topo da serra está a 507m acima do nível do mar.

 

 

Se o visitante tiver sorte, também é possível avistar a águia chilena que tem um ninho escondido por lá. São raras as vezes que ela aparece e tem o horário específico para fazer seu espetáculo em voo e canto.

 

 

 

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Por Ana Paula Araujo

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